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Senhor da Guerra, há quem diga que teu convite é
momento de lírica destruição, outros não.

No entanto, tua embriaguez sativa, num boteco lado norte,
evoca atmosferas oníricas bem como o gosto maravilhoso
do éter no ar.

Sorte lançada, põe sob a mesa teu mistério particular,
arranca teu olho direito e migra para o luto mineral,
potência comum & iniciática.

Bem ao estilo Venusiano, crepúsculo forja flor entre cinzas
& plasmas siderais, sem dúvida uma nova era.

Essência de difícil captação, tua oração evoca Papoula
criativa, bronze no banho-maria, o pó projeta pedra
líquida no sublime espírito do vinho.
Othon Jul 15
A lua nascente do Diabo,
Perseguida por todos os seus revezes...
Contradição da contradição...
Suprema desconhecida.

A lua nascente do Diabo,
Vem vindo,
Nas alamedas caindo,
De pranto em pranto,
De pensamento em pensamento,
Na descrença de todas as crenças,
Suprema em sua própria crença.

Vem vindo, vem vindo,
Caindo por cima das ruínas,
De um mundo decadente,
Ela só sabe a si mesma,
Só conhece a si mesma.

Suprema em Sua ipseidade absoluta,
Ela vem vindo, ela vem vindo,
Liberar o deus e o diabo de cada um...
Pelas penedias siderais,
Ela vem vindo, ela vem vindo,
Questionando todos os "eus",
Que há? Quem és tu, ó verme?

Turbilhão de átomos dispersos...
Massacrado pelos fatos,
Quem és tu? Um nada querendo ser,
Alguma coisa de ser,
Sem poder ser, está morrendo.
E ela vem caindo, vem caindo,

Na amargura de teu ser...
Tu nadas é, e pensas ser!
Verme corroído pela ironia de si mesmo!
Tragado pela discórdia de seu próprio eu!
Sim, tu és um nada.

E ela vem vindo, ela vem vindo,
Para findar todo teu ser...
Para colocar-te no seu ínfimo lugar,
Ó verme orgulhoso e egocêntrico.

Tu és nada! Diante da suprema Deusa.
Que é tudo, sem ser, que é nada,
Sendo tudo.
E nela crê-se o axioma absoluto:
"— O diabo é Deus, o diabo é Deus!
Deus é o diabo..."

— The End —