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andreia nunes Feb 2013
na primeira noite eram estranhas.
disformes, distantes, extremamente presentes na sua tão triste ausência.
doeram-me todas as entranhas do corpo. pela memória e pelo presente.
agora, volvidos 3 dias volto a olhá-las.
já consigo olhá-las, auxiliá-las e já não me estão distantes.
agora são companheiras de luta.
algumas lutas mais leais que outras bem se sabe, mas ainda assim resistentes no seu silêncio.
o cheiro já me acolhe e todos os muitos sons que me circundam,
conseguem agora embalar-me e levar-me num sono tranquilo.
estou perto dos 28.
já não sou miúda, agora sei-o e mais sério, sinto-o.
ainda não sei que mulher sou, e como vou crescer a partir daqui.
há vários ajustes, estou muito irrequieta com o que vou fazer.
penso demasiado na pessoa que quero construir a partir daqui. é como se tivesse acabado de nascer mas já a saber falar, andar e pensar
- oh, penso tanto…
tenho de me permitir aprender e cair, chorar aos primeiros dentes.
mas a miúda deixa-me orgulhosa. gostei de ti andreia pequena, feliz, divertida e curiosa.
gostei da tua coragem e da tua força. até do teu nariz empertigado.
choro ao teu enterro, comovida pelo orgulho que te sinto e pelas saudades que me vais trazer.
a tua inocência guarda-la-ei como o meu mais precioso tesouro, e a ela recorrerei quando me vacilar a certeza.
crescer é de uma dureza atroz. o passado vejo-o enevoado, lamacento de muito difícil definição.
no entanto o futuro é um abismo.
dá-me vertigens querer espreitá-lo. mesmo quando coloco apenas os olhos, como se me escondesse dele mesmo. de mim mesma, dessa andreia que serei. como se não quisesse que ela me apanhasse a espiá-la a ver-lhe os movimentos, para que os usasse ou os julgasse de ante mão.
aqui estou, numa cama de hospital. viva e livre de qualquer mal. (mal maior pelo menos). e esta andreia do presente, esta nova-mulher, tem muito medo.
muito medo de falhar, muito medo de não ser tão feliz quanto a miúda foi.
Dayanne Mendes Feb 2013
O vento sopra meu rosto,
E eu me pego em devaneios.
Sonhando com amores improváveis,
Não querendo amores resistentes.

Não sei a que se deve o fato,
De meu coração gelado,
Preferir o inacessível,
E descartar o mais favorável.

Não sei se é o passado,
Que me persegue,
Ou o presente,
Que há tempos, está mudado.

Mas ainda não esqueço, aqueles lindos olhos claros.
Jesus Sep 15
Ninguna montaña
se escala sola,
como ningún guerrero
nace siéndolo.

Se forja con el tiempo,
a base de retos,
sufrimiento y batallas
ganadas en soledad:

Guerreros.

Dícese de aquellos,
armados de mente,
físicamente resistentes,
espiritualmente libres...

y con un alma
inquebrantable.

Autodidactas,
que persisten,
resisten y renacen.

Dícese de aquellos,
guerreros,
por haber soportado
tempestades,
por haberse hecho fuertes...

por haber domado el dolor
a lo largo de su viaje.

Por haberlo sufrido,
por haberlo entendido
y, finalmente:

¡Por habérselo ganado!

— The End —