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Pudera acordar daqui a um século
e me debruçar
pelos teus andares nesse tempo
e os andares dos homens.

Seus fins e começos. Meus andares
de sumiço e os da humanidade.
Como assim,
Vai subir?

Vai subir a renda, sim.
Vai pagar?

Não sei se vai dar.

Olhe a fila de espera...

Pudera!
Está tudo louco.

Trabalho não há pouco.

Mas dignidade está em falta

A malta, ela não se queixa.

Entalado ninguém se deixa por gosto
E queixar não muda o posto.

Sim, sim, um desgosto!
O que não implica uma reserva.

Talvez seja uma serva.
Não prometo, até ver.

E se não der?

Quando já não houver que perder,
Lá estaremos nas ruas.
Podia ter sido antes...

Você e os habitantes?

E o senhor, arrogante:
Juntos e simpatizantes.

Há-de vir o dia.

Virá, com ousadia.
2020, Inconsequências: Poemas & Fotografias

— The End —