Um esforço duro
para um vulnerável futuro
pendente.
Um banho quente
com água a ferver.
E na mente apenas,
aquelas frágeis pernas
que a saia de seda
tão graciosamente
sente.
Quero proteger,
abraçar, amar,
aquela criatura à minha
frente.
Mas não existe,
é uma criação da
mente, inalcançável,
lamento a frustração
e aguento.
Dentro, imagino,
fora, o brilho
envolve os olhos
pela noite.
O roupão macio
toca o meu peito
ainda quente do banho,
e a história segue
em frente.
2020, Inconsequências: Poemas & Fotografias