Posso eu enlouquecer?
Ou devo ficar aqui nesse mar morto
esperando maremotos que me desloque
para algum lugar qualquer distante dessa realidade.
Devo eu continuar parada, incrustada?
Sendo levada por essa sociedade que já não quer nada,
que anda muito mal organizada.
E se eu me exaltar? Sim, vão me julgar
pois a maioria não irá acreditar
numa alienada e solitária vida que só pensa em amar.
Cabe a mim então, fantasiar, sonhar
e crer no dia em que essa minha insanidade
se transformará em realidade,
fazendo com que os loucos,
agora, não sejam mais poucos, e sim todos.

Crisântemos murcham e morrem no sol de fevereiro.

Arranque o feto antes que ele crie raízes e morada dentro das suas entranhas.
Carne pulsante na ferida aberta; tormenta dos mares que vi e revi

Regozija-te em dor.
Calúnia! A mais frágil gota de euforia juvenil ao tocar-me teus lânguidos dedos de ternura

Busco ficar ao mesmo tempo que aligeiro-me em direção à porta.
O feto não pode crescer...

A negação do ser o que nunca fui outrora;
reconhecer-me no espelho dos teus olhos em prantos;
Cascatas ínfimas de dor azulada.
                        
Não há cor na relva incrustada dos pedaços que deixaste para trás...

¿Cómo comprar más tiempo a tu lado?
La nostalgia me consume como el fuego a un cigarrillo: cenizas de lo que fuimos...
Y en el humo aún se distinguen las miradas enamoradas.
Besar cada uno de tus lunares me derretía al dormir sobre tu pecho.

¿Será esto posible?
Cometer sesgos entre lo que somos por separado y lo que liberamos al estar juntos.
He vuelto a encontrarme aquí, dibujando líneas que, al conectarse, tienen tu silueta incrustada, como si se tratara de una astilla.

Sé hasta dónde podemos subir,
pero al llegar la noche, al admirar esa niebla entre el cielo despejado,
nos regocijaremos en nosotros mismos
y en esos besos llenos de magia y nostalgia.
Como si fuéramos fichas, en algún momento caeremos...
pero dormiremos juntos una vez que hayamos regresado al polvo del que vinimos.