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Felipe Thomas May 2014
noite que adormece
manhã que desperta
café que entorpece
minha mente entreaberta
sonho que é combustível
de memórias não vividas
sono sempre receptível
pra esquecer das idas e fridas
responsabilidades que desbotam
a alegria da minha vivência
pássaros da manhã que desatam
os nós da minha consciência
gosto dos desgostos de se gostar
e do brilho amendoado do teu olhar
Guilherme Jul 8
Um tormento incessante me invade.
Carne que outrora foi deflorada
emana dor e desprezo.

A visão, turva, oculta
uma fé costurada com medo e sangue.
Crescer foi apagar pegadas
que os meus próprios pés deixaram para trás.

Vivo num silêncio ensurdecedor.
Meu passado lança sombras
sobre um amor que ainda nem viu o sol.

Há sombras que me visitam ao cair da noite,
mas deixo a janela entreaberta
para a luz.

— The End —