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Dayanne Mendes Sep 2018
Quando eu era pequena, eu via a morte, com uma capa preta e uma foice, e uma expressão melancólica no rosto, sombria por vezes, de quem já havia levado muitas vidas.
O peso, em suas vestes, das almas corrompidas, que não queriam partir, o sangue da sua foice, onde também haviam lágrimas de quem ficava.
Com o tempo, eu passei a ter medo dela.
A vi como má.
Injusta.
Insensível.
“Como pôde Dona Morte, levar aqueles que eu amava?” Eu perguntava.
Mas a morte é só uma passagem.
Eu demorei a entender.
A aceitar.
É como se a Dona Morte fosse uma guia turística, que vem nos buscar rumo às nossas férias eternas.
Ela vem, nos despimos de qualquer bagagem, a passagem, é a nossa vida. Esse é o preço.
E então embarcamos no trem.
Rumo ao desconhecido.
Mas ao eterno.
Morrigans May 11
Você viu em mim o que nenhum outro viu —
enxerga não só meus olhos,
mas também meu coração.

Como demorei tanto a te encontrar?
Teu amor me curou.
Deste-me fôlego quando eu o perdi,
esperança quando eu já havia desistido.

Como podes me amar,
quando nem eu me amo?
Como tu — com toda tua glória —
podes me enxergar em meio à multidão?

É o mais puro amor
que já provei em toda a minha existência.

Não mentes, não enganas,
não és agressivo nem maldoso.

Tu me mostras, todos os dias,
que posso ser melhor.

— The End —