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Joana Dec 2014
Foste a primeira pessoa a fazer com que eu chorasse por alguém.
Foste e és o meu primeiro amor.
Gosto tanto de ti e tu não queres saber.
Foste a única pessoa que eu gostei realmente e deixas-me assim. Prometeste que nunca me irias deixar meu

amo-te fse nao tou p escrever bem
vem cá e beija-me meu
não aguento o facto de não te ter comigo aqui e agora, de não te ter comigo no geral
não aguento o facto de gostar de ti
nem de mim mesma consigo gostar, como é que gosto de outra pessoa?


meu ama-me
Rui Serra Mar 2014
mar
Recostado na areia
Oiço notas de uma composição musical
O mar agreste acaricia as rochas
. . . nuas de sentimento
A gaivota plana no tempo
Tempo de outrora
Silencio moribundo numa noite de . . .
E se o mar chorasse?
Barco Rabelo à Deriva



Um barco rabelo à deriva,
sem rosto, sem leme, sem voz.
Carrega no ventre o silêncio dos homens
que foram pais e avós.

Foi rio acima com sonhos de vinho,
volta vazio, ausente,
como se o Douro chorasse sozinho
hoje, amanhã e sempre.

No espelho do Douro, sem norte nem cais,
leva no casco feridas antigas
e no silêncio, vozes
que não voltam mais.

Não tem vela, não tem rumo,
não carrega mais o vinho dos deuses,
mas ainda flutua,
feito fantasma de um tempo
que tudo leva com o vento.

Era nele que os homens desciam o rio,
com o coração nas ondas e, por vezes, frio,
o suor preso às amarras da encosta…
Vinham da montanha com o amor
de quem do rio sempre gosta.

Agora, o barco vai só,
como uma rena sem trenó,
vendido em copos que não sabem a chão,
nem sentem compaixão .
Como os velhos que ficaram nas aldeias
a ouvir o uivar das alcateias.

Ninguém ouve esse barco rabelo a deslizar,
ninguém lhe pergunta onde vai parar.
Foi nas suas tábuas cheias de podridão,
foi na sua sombra que se rezou pelo pão,
foi com ele que se ensinaram os filhos
a amar  sem explicação.

Mesmo sem leme,
carrega a alma duriense,
que ama e sente...
Carrega promessas por cumprir,
carrega o abraço do pesar e do sentir
e, sem rumo, vai prossegui
Barco Rabelo amor Douro

— The End —