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Wörziech Jul 2013
Com o teu coro que aqui está,
passo a ser preenchido por sombras circunstanciais.

Elas me trazem a memória do renascer
e bem claramente posso sentir o ardor do consolo com que me levam
às lembranças do meu verdadeiro ser.

Transmitindo uma serenidade que se funde aos sons que as acompanham,
em um baile de caos e ódio,
buscam me recordar do que está próximo:
Do deleite profundo em sonho,
minha experiência egocêntrica,
à minha expansão como universo;

um universo em que eu sou a desordem e o âmago.

Constituído completamente de memórias e sentimentos;
sentimentos de uma beleza imprópria;
de morte e de cor,
de vida e dor.
Julia Jaros Nov 2016
Partículas minúsculas de uma história
no espaço-tempo
Não há registros de sua década
ali ela está, aglomerada
levada pelo vento.

Um pensamento ou um fato
Um cheiro ou um tato
Sensação perante a multidão
Inigualável pela escuridão.

Baú protetor de todos os momentos
Infinito finito da madeira acobreada
Inexistente aos olhos que buscam a razão
Inexplicável pela língua falada.
Wörziech May 2013
Estar só,
e preferir recordar só do que se lembra.
Refletir e repensar.
A guerra pela liberdade perdura por todos que a buscam.
Esperar de mais, buscar de mais.
Hipocrisia é o brilho dos meus olhos,
Ignorância a percepção dos seus.
Audição aguçada e demasiada para se entender.
Enquanto sobrevivem pela liberdade que buscam,
e pela incompreensão que pregam.
A empatia segue paralelamente ao seu conhecimento.
Falar de mais, saber de mais.
Se superestimar de mais.
unnamed Apr 2020
Do fundo de um poço escuro de água fria
Vejo outro mundo, nele não há divisas
Nele não há distâncias, mas tão pouco vida

Levanto a face ao medo ecumênico
Tão democrático da morte
Neste tempo efêmero igualar o frio
O pavor da sorte dos que os vivos temem

Do fundo da alma, questionei as pontes
Vejo tantos caminhos, entre tantas fontes
Nenhuma delas, mesmo vida que não
leve a morte, deste poço vivo e ocre

Neste ar respiro silenciosamente
onde pestilências murmuram a sorte
Vejo meu passado e espíritos torpes
onde meus anseios buscam o toque

Toque inexistente, pela efêmera morte
Wörziech May 2013
Permeio os oceanos da calmaria;
Oceanos navegados, mas nunca dominados.
Mantenho-me em uma tranquilidade jamais alcançada.
Eu persigo as pessoas; devoro-as.
Mastigo-as profundamente.
São completamente confundidas por minha incrível obscuridade.
Permanecem completamente cegas
O que pode também ser resultado da destruição de seus olhos
ao verem meu fulgor. 
A minha existência é também um paradoxo.
Mas talvez o pior dos meus defeitos seja que, apesar de tudo, todos estão
sendo controlados por mim.
De uma forma ou de outra, eu sou a razão de viver de cada maldito ser humano.
Buscam-me incessantemente. Sou a motivação necessária para o sentido de suas vidas. 
Uma motivação infernal, insuportável, conhecida por todos eles - cedo ou tarde.
E a meu respeito, chame-me apenas de Anjo Luz.
Mistico Mar 8
Talvez eu deva me esforçar,
Para que ao escrever, algo possa brotar.
Mas ainda prefiro viver momentos tão profundos,
Que minha mente transborda de mundos.

No papel, as palavras vêm e vão,
Frases, lugares, tempos da invisível criação,
Eu, eu mesmo, e ninguém mais,
Num jogo de "talvez" e "mas" sem iguais.

Ruiva ou loira, pouco importa o aspecto,
Quando olho para o nada e vejo o universo em meu reflexo.
O planeta, tão distante, se reflete em minha mente,
Onde palavras surgem sem sentido, mas com uma força latente.

Perfume forte, perfume fraco,
No final, ambos se tornam um só, sem o que era de fato.
A essência se transforma, em algo imenso,
A imperfeição se revela a mais bela no tempo imenso.

O caráter, verdadeiro e inquebrantável,
Prevalece onde a alma se torna admirável.
O futuro leva essa virtude com firmeza,
E a beleza reside na sinceridade, sem outra defesa.

Viver sozinho, talvez uma opção,
Mas a perfeição não se encontra na solidão.
Um abraço, um carinho, um beijo profundo,
São desejos que buscam ser compreendidos neste mundo.

A carne é efêmera, apenas carne,
Mas o espírito é eterno, algo além de qualquer arte.
Palavras ao vento, levadas pelo tempo,
Transformam-se em desejos, em crescimento.
Dedicado ao Beato Carlo Acutis

Há vinhos que amadurecem com o tempo.
E há almas jovens que, mesmo breves na terra, amadurecem para a eternidade.

Carlo Acutis foi uma dessas almas raras.
Nascido em Londres e criado em Itália, era um adolescente como tantos apaixonado por futebol, videojogos e computadores.
Mas havia nele uma sede incomum: uma fome profunda por Deus.

Aos 7 anos, recebeu a Primeira Comunhão e, desde esse dia, fez da Eucaristia o centro da sua vida.
Dizia com convicção:
"A Eucaristia é a minha autoestrada para o Céu."

Com apenas 15 anos, Carlo usou os talentos que possuía especialmente a sua genialidade digital  para criar um site que documentava milagres eucarísticos e aparições marianas aprovadas pela Igreja.
Faleceu de leucemia em 2006, oferecendo a sua dor por Cristo e pela Igreja.

Em 2020 foi beatificado.
E em 2025, será canonizado  tornando-se o primeiro “santo da internet”, padroeiro dos jovens, dos estudantes e de todos os que buscam Deus nas redes e encruzilhadas da vida.

Carlo Acutis é o milagre da juventude santa.
É pureza no digital.
É esperança viva.

Com gratidão e fé,
Victor Marques

Todos nascem como originais, mas muitos morrem como cópias.”
Carlo Acutis
Santo, Eucaristia, Carlo Acutis

— The End —