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Victor Marques Dec 2009
Quando Baco, generoso ofereceu em sua taça
O todo generoso vinho de enorme raça
O limbo nunca entendeu, que bebendo por sua graça
Pensasse que o aroma, do néctar que bebia era de graça

Não o era
Era de uma planura de horizontes sem fim
onde habitavam formigueiros em labor
que em clamor  transpiravam por mim
para que eu por aquela terra tivesse amor

E tinha
Possuía uma luminosidade de trevas da montanha
Que deuses do Olimpo imaginavam, sem o crer
Mas tu VICTOR, na tua pertinácia, abriste o inferno
E deste-lhes de beber

E eles beberam, bebem e beberão
E no Olimpo, Baco, Eolo e Júpiter
Estão presentes com sua taça na mão.


Octávio Nelson
Psd.



Para o meu amigo VItor
- From Network, wine and people....
Matthieu Martin Jul 2015
Por favor
será que alguém pode explicar
por que o verbo mais lindo
tem que ser tão intransitivo
Sem saber vou seguindo
Bebendo em bares mal iluminados
existindo,
mas aos poucos
partindo.
Padecendo
com isso preso em mim
um olhar perdido
como quem procura ser compreendido
sem ser correspondido
Rui Serra Apr 2014
De manhã é sempre abrir.
Não, tu não podes
chegar atrasado,
ao lugar onde te chateias,
estás encharcado em Gin.
e agora não sabes
realmente não sabes
que fazer,
mas, é o motivo
pelo qual ganhas dinheiro.
Tu bebes, fumas, danças
mas o que será de ti
quando esta noite acabar
continuarás aí sentado
bebendo
fumando
deprimido
talvez, só esperando
que aquela rapariga
passe ao teu lado.
Salta em frente
dá uma volta
até ao bar onde estou
salta em frente
para a minha teia
e aí verás
a poucos metros
a porta que te separa
do outro lado.
Lua Apr 2019
Museus e construções em chamas
Invadem sonhos dos quais não me recordo
Acordo, então, com teias em meu coração
E um sentimento vazio em meio as tramas
Sem lembranças e sem desejar vingança

Primeiro aqui, depois lá
E tantos outros ocorreram
E você nem irá recordar
Pois não era Estados Unidos ou Europa
Se for Rússia, Alemanha ou China
Se lembrará então da Índia, Chile ou Argentina

Pois construções divinas como esta e outras mais
Mal se comparam com as árvores centenárias e os rios que aqui não mais jazem
Nas mãos dos donos do primeiro mundo
Possíveis conspiracionistas enquanto tomam seu chá
E fumam seus charutos caros, despreocupados
Exalando a fumaça de Notre Dame, de museus nacionais e ainda mais
Bebendo em seus chás
As águas dos rios que assistiram secar
Entre socalcos e colinas,
água de frescas minas,
bebendo a luz que cai do céu
Douro coberto por branco véu.

Local sagrado com história milenar,
paisagem de encantar,
escuto pela manhã os passarinhos,
nas videiras a beleza dos seus ninhos.

O vento acaricia as uvas douradas,
Com mãos de belas fadas.
Cada bago é um milagre sagrado,
Douro meu amor bem amado.

Sobreiros e giestas abençoados,
rãs cantam cânticos desafinados.
O sol espreita no horizonte,
beijando fresca fonte.

Ao entardecer uma paz que nos rodeia,
é Douro sem mar, sem areia.
A lua vai chegar sorrateira,
durmo com o Douro à Cabeceira.


Victor Marques
Othon Aug 23
Ajaezado de delírios e feitiços,
Ecoa um canto na noite impura,
Preso aos grilhões da fria sepultura,
Sob o olhar febril de um diabo catiço.

Desviemos o olhar de nossa origem,
Eternos na maldição do infinito,
Bebendo o êxtase da última vertigem,
Erguemos a sombra em profano rito.

E quando o abismo abrir sua boca,
Seremos pó na brasa que consome,
Um coro de trevas em língua louca,
Chamando os deuses que já não têm nome.

Enterrar a quimera do supremo sonho
Segregar toda a verdade
Conhecer a íntima realidade
E peder-se em outro sonho!

— The End —