Frio tornou-se aos próprios sentimentos,
Se antes almejava um amor, hoje se refugia em seu mundo.
Lá, ninguém entra, fortaleza impenetrável,
Santuário erguido contra a dor e a decepção.
Ao seu lado, a mulher que acalma sua alma,
Que o eleva, que o impulsiona a ser mais.
Ali, não há angústia, não há temor,
A depressão é sombra dissipada,
A ansiedade, um eco já distante.
Lembranças tristes dissolvem-se em névoa,
Chovem como gotas de uísque sobre a eternidade.
Naquele universo, ele se perde para se reencontrar,
Onde a felicidade é firme, imutável,
Intocável por mãos que apenas desejam usá-lo.
A distância? Apenas um sopro para onde deseja ir.
A cada dia, mais uma muralha se ergue,
Não como prisão, mas como escudo,
E nele, jamais haverá queda.