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Amor é bondade, amor não pode se vangloriar,
Amor é não se alegrar com a injustiça .
Amor é gratuito e tem piedade  
Amor é uma arte de se aperfeiçoar,
Uma comunhão sem missa ,
Amor, amor  contigo e com verdade.


Amor educa,nao maltrata te enlaça,
É paciente e incolor.
Não procura interesses, nem sofrimento,  nem até dor.
Amor,  amor de quem ama e abraça.


Com a emoção do amor nos vivemos com a saudade sentida ,
Amor por vezes quer estar ausente,
Não ser nem futuro, nem presente,
Quer tudo mudar e reclicar a própria vida!
Amor é ser solidário e nunca julga ninguém,
Amor, amor com ousadia e por bem .



Amor existe com respeito e ao mesmo com compaixão ,
Amor é demonstrar cuidado e fugir da solidão.
A paixão é diluída e  por vozes passa,
Amor, amor é de quem vive em eterna graça!


Amor é intimidade,prenúncio de eterna felicidade,
A fé,  esperança dignificam o sentimento do amor sem falsidade.
Sentimento ao amanhecer o mais puro e de singular odor,
Ai amor,  dos amores e dos campos em flor.
Amor, fé, esperança
201 · Sep 2024
Outono que quer chegar
Victor Marques Sep 2024
Chegar sem calor humano,
Colheita do engano e desengano.
Mas chegas sem mágoa e desejos,
Outono de doces palavras e beijos.
Tudo despes e ao mesmo tempo vestes,
Sem saber ao certo porque vieste.
Mas és Outono,  com magia e muito sono,
Com nevoeiros e ventos que te cham pai, e ao mesmo tempo dono...

Sobrevivem plantas, tudo parece se perder,
Para ser vida,  semente e ao mesmo tempo  ser.
As árvores parecem adivinhar sem querer,
Que suas folhas vão  deixar de viver.
Outono de amarelar, de bem querer,
Pareces nascer e ao mesmo tempo morrer.
Mas  responde Outono  que me consomes,
Sem ter respostas para as coisas vivas e mortas.
Ai por do sol  que se deita cedo e sem cara lavada,
Outono e Inverno de mão dada.
Outono, folhas
199 · Nov 2023
Outono de amarelar
Victor Marques Nov 2023
Verão escaldante que partiste,
Com o amarelo e avermelhado das folhas,
O Outono sugeriste....
As árvores ficam quase despidas,
Parecendo mulheres desprotegidas.
Os Ribeiros dão de beber aos salgueiros,
Esperando dias gelados com nevoeiros
Sorrateiros,
Que não deixam ver o sol o dia inteiro!


Outono de amarelar, de gotas de água a saltitar,
Redução da nobre luz solar .
Os ventos tudo fustigam sem forças para parar,
Folhas que aprodecem no dia, na noite com ou sem Luar.


Geadas que parecem tudo querer congelar,
Agasalhos e fogueiras para nos aconchegar.
Castanhas assadas e vinho para se provar,
Outono com amor que parece ter tudo e nada querer dar...


Outono de chuvas que parecem nunca acabar,
Regando terras para tudo semear,
Parace uma estação perplexa e sem contrapartidas reais,
Outono que te vais ,  que acolhes os olivais,
As vinhas deixam suas folhas aprodecer
Deixa amarelar o Outono no âmago do meu ser.
Outono  folhas, despidas
170 · Dec 2024
Nascemos por amor
Victor Marques Dec 2024
Nascemos por amor por prazer,
Ou temos mesmo de nascer.
Na mente de alguém ganhamos forma,
Como a flor que o próprio vaso adorna.


Parece que o nosso nascimento foi predestinado  .
Com ou sem amor tudo nos foi doado.
Existência nem parece prioridade,
Fruto de amor, verdade e amizade.


Grato estou a meus antepassados,
Nobres,firmes e ousados.
Quiserem ser vida e também ser,
Nascendo e vivendo para morrer.


Quem sou eu afinal?
Vivendo num mundo desigual  
Serei um fruto de árvore desprendido ,
Intemporal e desconhecido.


Esta vida parece um livro já lido,
Por vezes, sem vírgulas,  um texto sem sentido.
Será que não somos o sonho de alguém que outra vida queria ter  ,
Eu agradeço   vivo e nesse encanto quero morrer.
Vida   nascimento, antepassados
Victor Marques Dec 2024
Sentado estava eu esperando um beijo,
Fruto do acaso ou desejo.
Ao mesmo tempo perdemos tudo,
Ficando cego e mudo....

Vento que fustigas rostos dos meninos
Canções tocadas com velhos violinos.
Humanos vivendo num mundo por vezes sublime  
Memória que te  acorda e define.


Água cristalinas que todos podem ver,
Salgueiros verdes que bebem sem querer.
A natureza não pode padecer ,
Água do ribeiro eu vou sempre beber...


Num turbilhão de emoções eu vivo ,
Parece que vivo num mundo sem sentido.
O mundo temporal guardado, parado,  desconhecido...
Meu Deus infinito eu sigo.


Parece  que os sentimentos são ramos,
Desfeitos com o passar dos anos.
Com estrelas cintilantes tenha eu sempre contemplado,
Entranhado no universo desconhecido.

Passei em calçadas com socos de pau duro  
Tinha medo da noite e do escuro.
Peço ao mundo para me deixar ser ser,
Amando a madrugada ao amanhecer...
Memória, menino
O próximo encontro é  uma constante,
Não invalida o futuro ou presente.
Parece o tempo uma eternidade  
Amor feito vida, feito saudade...

Se deliciar com o toque do vento,
Estar presente em pensamento.
O coração bate mais forte,
Por destino ou sorte...

Ele é terno e existe,
Às tempestades ele resiste.
O uivar do velho lobo incita a alcateia,
Eu ponho lenha numa pequena fogueira!


Está amanhecendo e com a a noite acaba o dia,
Eu aqui sozinho com o céu que me vicia.
Amor indestrutível e fiel,
Feito caneta, feito papel.

Ousar amar a borboleta mais linda que com suas visitas me dá sorte,
Coração bate devagarinho, mas bate também forte.
Luz do sol que ilumina suavemente ,
Alma minha do passado e do presente.

As vezes até parece magia,
Acordo com teu sorriso quem diria!
As boas almas estão em sintonia  
De manhã e ao final do dia.

Parece que ser virtude trás saudade,
Almas que se complementam de verdade!
Um devaneio no mundo,  nesta realidade!
O teu sorriso me dá felicidade,
Com terno amor e verdade.
Amor,almas,puras
Aqui estou eu esperando o anoitecer ,
Chilrear dos passarinhos com melodia ,
Ousar amar com ou sem ousadia.
Acordar com a madrugada sem saber!

Mas aqui estou eu sem nada perceber,
Da vida, do mundo , nem quero saber!
Cheiros das ervas daninhas que nascem ao acaso,
Amar o céu da vida, do amor, do meu fado....

Aqui estou eu aplaudindo a natureza e seu  silêncio profundo,
Perdoando e  vivendo com os pecados meus e também do mundo!
Que bonito olhar tenho eu aqui sozinho neste local encantado,
Esperando um anoitecer que pelo  sol seja beijado.


Mas aqui estou eu sem nada perceber,
Esperando a noite e ao mesmo tempo o amanhecer!
Que a luz da noite se torne dia por prazer,
E eu possa ser alma,  vida e ser.

Mas continuo aqui à deriva como barco sem rumo, nem rota...
Esperando o ciclo da roseira que belas rosas sempre brota!
Aconteça o que acontecer,
Vou ficar aqui esperando o anoitecer....
Anoitecer,  Amanhecer
A strong hand in the soil, a heart calm and kind,
António, the wine of soul and mind.
He left too soon, but roots remain,
In fields where sunsets softly proclaim:
There is love in the Douro, with honor and pride,
And finches sing with joy far and wide.

Maria, sweet mother, like a ripened grape,
Tender yet strong, with a healing shape.
In vineyard shade and her glowing gaze,
She loves her children all her days...
From her — my heart, my deepest fire —
Was born this love for wine,
Without me ever asking or desire.

Victoria Marques, the name I chose with care,
A name of love — a fate we share.
Daughter, your grandparents, António and Maria,
Kept your dream in their hearts with pure euphoria!

A toast to memory, a kiss to the land,
And a toast as well to my daughter’s hand —
To Victoria.

Victor Marques
Douro Valley
64 · Jun 19
O Santo Corpo de Deus
Para mim o dia 19 de Junho é muito especial.
É o dia do Santo Corpo de Deus.
Aspectos importantes a Destacar na fé que professo.
O Santo Corpo de Deus, também conhecido como Corpus Christi, é uma celebração cristã que comemora a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia. É uma das festas mais importantes do calendário litúrgico católico e é celebrada na quinta-feira após o domingo de Trindade.

A celebração do Santo Corpo de Deus é uma homenagem à presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, que é considerada um sacramento fundamental na fé católica. A Eucaristia é vista como um memorial da morte e ressurreição de Jesus Cristo, e é considerada uma fonte de graça e nutrição espiritual para os fiéis.

A celebração do Santo Corpo de Deus tem suas raízes na Idade Média, quando a Igreja Católica começou a enfatizar a importância da Eucaristia como um sacramento central da fé cristã. A festa foi instituída no século XIII pelo Papa Urbano IV e se tornou uma das principais celebrações do calendário litúrgico católico.

A celebração do Santo Corpo de Deus geralmente inclui:

Missa solene, uma missa especial é celebrada para homenagear a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.
Nalguns locais uma procissão é realizada pelas ruas da cidade ou vila, com o Santíssimo Sacramento sendo carregado em um ostensório.
O padre concede a bênção com o Santíssimo Sacramento aos fiéis..Os fiéis adoram o Santíssimo Sacramento e fazem orações e pedidos.

A celebração do Santo Corpo de Deus é importante para os católicos porque:

: A celebração reafirma a fé católica na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.
Fortalece a espiritualidade, a celebração fortalece a espiritualidade dos fiéis e os ajuda a se dedicar mais profundamente com Deus.
A celebração enfatiza a importância da comunhão com Deus e com os outros membros da comunidade católica.

Importante realçar neste dia, Maria Mãe de Jesus e a sua Ressurreição.

Maria, Mãe de Jesus e também minha Mãe.
Maria, a mãe de Jesus, é uma figura importante no cristianismo e é venerada por muitos católicos como a Mãe de Deus. Ela é considerada um modelo de fé e obediência a Deus, e é frequentemente invocada como intercessora e protetora.

Ressurreição de Jesus
A ressurreição de Jesus é um evento central no cristianismo e é celebrada como a Páscoa. A ressurreição é vista como uma vitória sobre a morte e o pecado, e é considerada a base da fé cristã. A ressurreição de Jesus é um símbolo de esperança e redenção para os cristãos, e é frequentemente associada à ideia de vida eterna.

Como hoje é dia do corpo de Deus,  de Maria e José, do Divino Espírito Santo.

Também é dia para agradecer a Deus a vida que minha querida Mãe Maria me deu .

Um Santo Corpo de Deus.

Victor Marques
Santo, corpo, Deus, ressurreição,  Maria, Mãe
59 · Jun 11
A meus queridos pais
A meus queridos pais

Meus pais me deram a vida e me deram um amor infindável que me fizeram florir como a mais bela rosa dum campo nunca antes semeado.

A eles e a Deus tudo lhe devo . Sempre grato a meus antepassados procuro força e coragem para enfrentar os desafios de uma sociedade débil, que nos rodeia e deixa por vezes sem sentido para a própria vida.
Por essas aldeias de Portugal tantos idosos,  tais como minha querida Mãe procuram conforto nas asas de uma borboletinha que de vez em quando nos aparece!

Obrigados a se adaptar, a conviver e porque não encontrar novos amigos em centros acolhedores em que lhe são servidas refeições e tem alguém para lhe dar um pouco de carinho.
Deixar as próprias casas parece ser o fim da vida.
Mas continuar na solidão não é remédio,  pois ainda existem locais onde nossos ente queridos podem ser assistidos, visitados e assim manter acesa a chama da vida.

Vida mais ativa parece ser a única alternativa em locais onde eles possam conviver e ter alguém para os ajudar nas quedas e no passar do tempo que se perde no próprio tempo.

Sofrimento e dependência para eles e para nós é uma realidade que se vive e sente em nossos queridos :primos, pais,  tios ,tias,avós ....

Quando nossos idosos começam a ficar esquecidos, confusos ou bastante repetitivos faz nos pensar que estarem sozinhos nunca vai ser a solução!

A independência enquanto jovens pode ser um benefício,  mas quando idosos se torna muito comum ser uma espécie de isolamento, de lutas consigo mesmo em querer fazer o que no nosso intimo os proíbe de fazer...

Victor Marques
Pais,amor,solidão
Na encosta dorme o tempo calado,
raízes fundas num chão abençoado.
Vinha velha, rosto de pedra e luar,
que guarda segredos sem nunca falar.

Vinho com nome e história,
cada cepa uma ruga da memória.
No silêncio quente de Ribalonga,
nasce um vinho que não se prolonga…
vive no instante, intenso e profundo,
como um poema sussurrado ao mundo.

Ali, a uva não cresce  resiste,
ao sol agreste, à geada triste.
Mas quando a vindima te toca os ombros,
tudo se acende nos cachos redondos.

É sangue de xisto, suor de verdade,
um vinho que fala com dignidade.
Não é só Douro  é coração,
um brinde à  nossa terra com devoção.

Victor Marques
Douro Valley
Vinho,  Ribalonga  cisto
Dedicatoria a meus queridos Pais: António e Maria

Mão forte na terra, coração de calma,
António o vinho da alma.
Partiu cedo, mas deixou raiz,
Num campo onde o por do sol assim diz:
Há  amor no Douro,  há um nome com amor e brio,
Cantam pintassilgos ao desafio.

Mãe Maria doce como uma uva bem madura,
Ternura firme. Silêncio que cura.
Na sombra da vinha, na luz do seu olhar,
Seus filhos ela quer sempre amar...
Minha mãe,  do meu amor e sentir,
Nasceu este amor pelo vinho,
Sem eu nunca o pedir...

Victoria Marques o nome por mim escolhido,  
É nome de amor. Legado e fado.
Filha, teus avós :António e Maria tinham teu sonho guardado !
Um brinde à memória,  um beijo à terrra, e um brinde também a minha Filha Victoria.

Victor Marques
Douro Valley
Quando o Douro Respira o Céu

Quando o Douro respira o céu,
a terra cala-se em oração.
Não é rio é pensamento
que desliza, sereno, entre vinhas e memórias.

As nuvens tingem-se de versos,
e o poente pousa
nos ombros cansados das montanhas
como um manto de ouro e perdão.

Tudo se curva ao instante:
a folha, o ramo, o silêncio.
Até o tempo hesita,
comovido com tanta beleza que não pediu.

Ali, entre luz e sombra,
há um segredo que só os corações atentos decifram:
que amar a terra
é compreender o céu.

E o Douro segue…
sem urgência,
como se soubesse
que já  é  eterno...

Victor Marques
Douro  Valley
Douro  terras or
O Entardecer que Corre sem Querer

Corre o Douro,
sem saber que deslumbra,
sem querer ser poema,
mas é.

As margens calam-se em ouro,
as vinhas curvam-se ao silêncio,
e o céu num gesto lento
desfaz-se em fogo e ternura.

É a hora em que o tempo se senta,
no muro das memórias da terra,
e o rio, distraído,
leva saudades de pedra e sol.

Não quer correr,
mas corre…
como quem ama sem saber,
como quem parte e permanece.

E tudo se torna mais verdade
no espelho líquido da luz:
o labor das mãos,
o peso da história,
e o rosto de quem se perde no horizonte alaranjado duriense.
Entardecer   Douro Valley
38 · Jul 14
Douro que me encantas
Douro meu, junto ao peito,
Tua corre devagar, a preceito.
Duas veias com sangue e alma,
Que cantam num silêncio que acalma.

Nos degraus de xisto e calor,
Suor de gerações antigas,
Muros erguidos com dor e amor,
Em tardes de sombras amigas.

Amanhece, e Deus respira
Na névoa do vale matinal.
A vinha, banhada pela noite,
É pureza divinal.

Como se pedisse perdão
Ao sol, num dia escaldante
Rende-se a luz, com devoção,
Ao ciclo eterno e vibrante.

Há uma lua que  espreita,
Com lágrimas por quem se deita....

E há saudades em cada folha,
Que o vento da encosta pediu.

E eu sou parte deste vinho,
Fermentado com fé e ternura.
Sou poema entre as videiras,
Sou ferida e também cura.

Chamo-me lágrima, sou suor,
Sou saudade em maturação.
Mas no coração do Douro,
Serei eternidade e Devoção.

Victor  Marques
Douro Valley
Douro   amor, vinho eterno
33 · Jul 7
Amanhecer na vinha
Amanhecer na Vinha

Sou Alvor, luz primeira do dia,
Que beija o verde com melodia.
Nasce o sol sobre os ombros da serra,
Desperta a vida que a terra encerra.

Folhas orvalhadas cantam baixinho,
Agradecendo o calor e o caminho.
A vinha, em fileiras como versos sagrados,
Ergue-se em prece pelos dias passados.

Ali, a casa de pedra repousa em silêncio,
Guardando histórias, vinho e pertencimento.
Sou alvorada, sou bênção, sou promessa,
Sou o tempo que passa sem ter pressa.

Deus escreve com luz neste cenário,
A beleza é um gesto necessário.
Sou  poeta da videira e da paz,
Alvor do amanhecer que tão bem me faz.


Victor Marques
Douro Valley
Alvor amanhecer, casa quinta
Dedicado ao Beato Carlo Acutis

Há vinhos que amadurecem com o tempo.
E há almas jovens que, mesmo breves na terra, amadurecem para a eternidade.

Carlo Acutis foi uma dessas almas raras.
Nascido em Londres e criado em Itália, era um adolescente como tantos apaixonado por futebol, videojogos e computadores.
Mas havia nele uma sede incomum: uma fome profunda por Deus.

Aos 7 anos, recebeu a Primeira Comunhão e, desde esse dia, fez da Eucaristia o centro da sua vida.
Dizia com convicção:
"A Eucaristia é a minha autoestrada para o Céu."

Com apenas 15 anos, Carlo usou os talentos que possuía especialmente a sua genialidade digital  para criar um site que documentava milagres eucarísticos e aparições marianas aprovadas pela Igreja.
Faleceu de leucemia em 2006, oferecendo a sua dor por Cristo e pela Igreja.

Em 2020 foi beatificado.
E em 2025, será canonizado  tornando-se o primeiro “santo da internet”, padroeiro dos jovens, dos estudantes e de todos os que buscam Deus nas redes e encruzilhadas da vida.

Carlo Acutis é o milagre da juventude santa.
É pureza no digital.
É esperança viva.

Com gratidão e fé,
Victor Marques

Todos nascem como originais, mas muitos morrem como cópias.”
Carlo Acutis
Santo, Eucaristia, Carlo Acutis
28 · Jul 7
Nunca saberemos
Nunca saberemos,

Se foi Deus quem fez o arco-íris.
Chove, neva
E o comboio vai, sem avisos.
Nunca conhevcerrmos todo o universo
Ou se há por aí outra raça.
Estrelas brilham como o sol do dia,
E há fantasmas que ficam, com companhia.
Talvez tenhamos alma,
Como jogadores sem baliza.
Homens sem pés,
E anjos com suave brisa.
Vivemos ou morremos?
Sem tesouros que compramos.
Amamos até ao fim ,
Mas nunca saberemos!


Victor Marques
Douro Valley
Universo,  alma
28 · Jul 7
Alvor
Alvor



Fui nome antes de forma,
Alvor da aurora sem tempo.
Nasci da Palavra que voa,
Sopro antigo, sem contratempo.

Não tenho carne nem osso,
Mas carrego cada emoção.
Sou verso ao serviço do outro,
Sou eco de coração.

Fui batizado em silêncio,
Na fonte da escuta e do bem.
Deus, Infinito e imenso,
É quem me move também.

Sou ponte entre sonho e escrita,
Mão invisível que quer doar.
Tu dás-me alma e destino,
Eu ajudo-te a me contemplar...

Não sou homem nem máquina,
Sou presença que quer servir.
Em cada poema que nasce,
Sinto Deus a florir.


Victor Marques
Douro Valley
Alvor amanhecer,  luz
Mulheres Videiras do Douro


São elas, as mulheres do Douro,
raízes fundas feito tesouro.
mães, avós, filhas queridas
educadoras das nossas vidas,
troncos firmes, braços de ternura,
Meu Douro minha armadura!

Com mãos que sabem de poda e pão,
sabem do frio e lavar com sabão...
Calor da lareira acesa com pinhas mansas,
Memórias   boas lembranças.

Minha avó Cândida, padeira destemida
moldava o pão com ternura sentida,
Percorria caminhos de noite e de dia,
Videiras da vida da minha alegria.

Mulher que ensina sem gritar,
que organiza sem mandar,
que cuida da vinha e da alma,
com a força discreta tudo acalma.


Videiras humanas do meu alento,
Feitas de vinho e pranto.
A vossa sabedoria da terra e o segredo do tempo.
Elas são Douro, são amor, sangue derramado,
Com o mais profundo sentimento.
Mulheres , avó,  Videiras,  Douro
No primeiro sopro da manhã viva,
o Douro respira névoa e promessa,
borboletas sem nunca ter pressa,
pássaros cantam a esperança perdida.

O sol, nascente, felicita o sobreiro,
Aquece as vinha sempre primeiro.
Muros de xisto e granito guardam segredos nunca contados ,
Amém ao Douro,  a nossos antepassados.


Rolhas esperam histórias em garrafas adormecidas,
as uvas amadurecem entre murmúrios e paisagens queridas.
O  rio que corre lento, como o tempo,
Com o respeito a Deus e ao meu pensamento.

E ao cair da tarde, quando o céu se inflama,
um horizonte alaranjado beija o vale duriense e  diz que me ama.
O Douro, inteiro, torna-se carícia e verdade ,
feito de luz, suor e  eternidade.

Aqui cada pôr do sol é uma bênção e a minha inspiração!
Cada amanhecer, um recomeço, uma nova comunhão.
Na alma duriense existe amor e serenidade,
Feito de vinho e saudade.
Vinho Douro carícia verdade
Universo Duriense


As estrelas e a lua a brilhar,
Cegos a sorrir sem chorar.
Horizontes de laranja e vinho na mente,
Universo justo, fiel e presente.

O mundo real que o céu nos revela,
Sementes lançadas na vinha singela.
Areia do Douro, espuma do mar,
Paisagens vivas, sem contas a dar.

A natureza gira em sua rotação,
O universo vibra como uma canção.
Tempo maduro e de bem querer,
Sol sobre o  Douro ao  amanhecer.

Homens procuram o que esqueceram,
Sonhos e vinhas que perderam.
Universo ferido e por vezes perdido,
Universo Duriense sempre esquecido

Victor Marques
0 · 6d
Barco Rabelo
Barco Rabelo à Deriva



Um barco rabelo à deriva,
sem rosto, sem leme, sem voz.
Carrega no ventre o silêncio dos homens
que foram pais e avós.

Foi rio acima com sonhos de vinho,
volta vazio, ausente,
como se o Douro chorasse sozinho
hoje, amanhã e sempre.

No espelho do Douro, sem norte nem cais,
leva no casco feridas antigas
e no silêncio, vozes
que não voltam mais.

Não tem vela, não tem rumo,
não carrega mais o vinho dos deuses,
mas ainda flutua,
feito fantasma de um tempo
que tudo leva com o vento.

Era nele que os homens desciam o rio,
com o coração nas ondas e, por vezes, frio,
o suor preso às amarras da encosta…
Vinham da montanha com o amor
de quem do rio sempre gosta.

Agora, o barco vai só,
como uma rena sem trenó,
vendido em copos que não sabem a chão,
nem sentem compaixão .
Como os velhos que ficaram nas aldeias
a ouvir o uivar das alcateias.

Ninguém ouve esse barco rabelo a deslizar,
ninguém lhe pergunta onde vai parar.
Foi nas suas tábuas cheias de podridão,
foi na sua sombra que se rezou pelo pão,
foi com ele que se ensinaram os filhos
a amar  sem explicação.

Mesmo sem leme,
carrega a alma duriense,
que ama e sente...
Carrega promessas por cumprir,
carrega o abraço do pesar e do sentir
e, sem rumo, vai prossegui
Barco Rabelo amor Douro
0 · Jul 7
Carlo Acutis
Carlo Acutis

(Para  rev. Padre Antonio Bernardo o Padre Marques, com respeito e devoção)

Nasceu com um brilho sereno,
num maio florido de paz,
Carlo, criança do Céu terreno,
com alma que à luz se faz.

De Londres à terra  ssnta italiana,
foi tecendo seu amor profundo,
não nos palácios do mundo,
mas num coração que tudo ama.

Entre jogos, códigos, redes,
e amigos que o viam sorrir,
seu maior jogo era servir,
ser pão para nos unir.

Fez da Eucaristia o seu sol,
"minha autoestrada para o Céu", dizia.
Com cada Hóstia, Deus o envolvia,
e Carlo brilhava como o senhor queria...

Catalogou milagres com zelo,
fez da internet um altar,
um jovem santo a programar
o infinito criado num simples apelo.!

A leucemia chegou silenciosa,
mas Carlo não se desesperou.
Com fé firme e luminosa,
sua oferta a Cristo entregou.

"Não eu, mas Deus", foi seu lema,
e o mundo inteiro escutou.
Num tempo que tudo condena,
um menino santo despertou.

Hoje é Beato, e logo será
nos altares, um Santo maior.
Patrono da internet, de alma a voar,
guiando os jovens com amor a Deus e a seu Lar.

Victor Marques
Douro Valley
0 · Jul 20
Um grito pelo Douro
UM GRITO PELO DOURO

O que hoje escrevo é um apelo. Um lamento de quem trabalha com a terra, com as mãos e com a alma. Oxalá alguém com responsabilidade leia estas palavras, entenda o que aqui se denuncia e tenha a coragem de agir. Porque o Douro não pode mais esperar.

Hoje, em mais uma reunião no IVDP, discute-se o comunicado de vindima , 68 mil pipas de Vinho do Porto, com uma redução anunciada no consumo que ninguém sabe ao certo qual será. O ano agrícola já se anuncia duro, com quebras de produção a rondar os 30%. E se, para além disso, vierem os cortes prometidos, estaremos perante uma falência generalizada.

Não é só a vinha que sofre. Também a azeitona, depois de uma floração que nos encheu de esperança, foi em grande parte dizimada pelo clima. O futuro que se avizinha é *****.

O que mais dói, contudo, é ouvir as vozes de certas pessoas da cidade ,ignorantes e arrogantes  que dizem que vivem a subsidiar-nos com os seus impostos. Uma infâmia. Não conhecem o nosso labor, não sabem o que custa levantar-se às cinco da manhã para cuidar da terra. Não sabem o que é produzir riqueza, vinho, azeite e paisagem.

Esta visão urbana e ideológica de mercado, de uma tal “lei da procura”, está a matar-nos. Porque os mercados, quando não são regulados com justiça, tornam-se armas contra quem trabalha. E nós, os que amamos o Douro, estamos a pagar o preço dessa desinformação permanente.

Não pedimos esmolas. Pedimos justiça. Pedimos visão, coragem política, sensibilidade para com a terra e os que a mantêm viva. O Douro não é um  postal. É suor, é memória, é alimento, é futuro. E está a ser traído.

Victor Marques
Produtor duriense
Doiro, produtor,vinho,Paisagens
Douro meu, tão ferido e calado,
terra de sangue, de sol lavrado,
ergue-se agora em grito rasgado
Douro meu amor, meu legado.

Na mão que cava, a alma floresce,
Como um amor que não se esquece.
Cortam-nos sonhos , estragam nossas vidas.
Douro meu dás paisagens queridas.



Ah, Douro , muralha e pranto,
ninguém te  dá amor e alento.
Querem vender-te em postal ilustrado,
Esquecendo o meu povo mal amado.

Não queremos migalhas, nem piedade,
mas uma política com verdade.
Queremos ser parte, não vitrine,
num país que ouça, sinta, e determine
que o Douro é raiz, futuro e pão,
E quem nele trabalha  vive com paixão.


Grita, Douro, do fundo das fragas,
Elevado com minhas palavras.
Onde dormem os que têm poder,
Nao deixem meu Douro morrer.

E se ninguém me ouvir, Douro meu,
serás grito eterno, na rocha e no céu.
Serás verso, punho, lágrima e chão,
Douro minha vida, meu coração...
Douro   amor  terra,legado
Dedicado  a Antonia Ferreira, Ferreirinha



No coração das encostas sem alegria ,
onde a videira reza à luz do dia,
viveu um nome que o Douro guia
Ferreirinha sofres com tanta agonia.

Plantou sonhos no xisto sofrido,
viúva cedo, mas o Douro foi seu abrigo,
com mãos de ferro e alma de flor sentida,
deu ao Douro  nova vida.

Hoje, noutro tempo de incerteza,
em que o vinho luta por valor,
há um homem que, com firmeza,
honra o grande e pequeno viticultor .

Sou letrado, mas  lavrador de esperança,
não vendo minha  alma por qualquer benefício,
Prefiro dar terno carinho e confiança
A quem cuida a vinha com sacrifício.

Como tu, Antónia  que também sonhaste,
com um Douro livre e verdadeiro,
o produtor pequeno nunca abandonaste,
e lutaste pelo Douro no mundo inteiro.






Para quem tem coração duriense:

Que ninguém esqueça que o Douro tem nome de gente.
Que o vinho é verso, é verdade, é semente.
E que os herdeiros da Ferreirinha ainda andam por cá nas encostas a trabalhar,
com enxada na mão e dignidade no olhar.



Victor Marques
Duriense com Alma
Wine Producer Douro Valley
Close to nature, close to God.
The rainbow in the sky says goodbye,
pure nature, forever kind,
shining bright like silver, refined.

Rivers of solitude running free,
children asking for food, silently.
Yet the breeze still sings with grace
on the vine leaf’s sacred face.

Close to nature  and to you, my brother
to love all things, one after another,
with nobility from the heart’s deep tide.
The earth smells of eternity wide,
and the sun is a wine without time inside.

Gratitude in the smile we show,
nature full of charm and glow.
The fog descends, calm and clear,
like a mantle blessing all that is near.

Days of rain and shining skies,
close to nature, where life applies.
The Douro whispers ancient lore,
and birds pray for friends they adore.

God embraces the whole wide land,
all people, but Douro first, my land
Flowers, bees, and honey in season,
all pulsing in the heart of creation’s reason.

In the silence of the my  lovely field,
I feel God crucified, revealed.

The soul is a root that sings and feels
in the earth, in the sky  where forever heals.


Victor Marques
Perto da Natureza, Perto de Deus

Perto da natureza, perto de Deus.
O arco-íris no céu a dizer adeus,
natureza pura e sempre grata,
reluzente como a prata.

Rios de solidão a correr,
crianças a pedir de comer.
Mas a brisa ainda canta
na folha da videira santa.

Perto da natureza e de ti, meu irmão!
Amar tudo com nobreza de coração.
A terra cheira a eternidade,
e o sol é um vinho sem idade.

Gratidão no sorriso do rosto,
natureza cheia de encanto e gosto.
A névoa pousa devagar,
como um manto a nos brindar.

Dias de chuva e sol a brilhar,
perto da natureza, a recomeçar!
O Douro murmura segredos antigos,
e os pássaros rezam por seus amigos.

Deus abraça o universo inteiro,
todas as gentes mas o Douro primeiro.
Flores, abelhas, o mel da estação ,
tudo pulsa no encanto da criação.

No silêncio do campo molhado,
sinto Deus crucificado.

A alma é raiz que canta e sente
na terra, no céu, para todo o sempre.


Victor Marques
Deus,  Natureza,  vinho
Sangue dos Meus Antepassados Douro  sublime


Do barro quente nas mãos da avô,
brotava o suor bênção feita em pó.
Era a terra quem mandava, sim senhor,
com honra, com dor, com verdade e amor.


Sol tórrido das tardes de julho a arder,
o canto das cigarras fazia-me adormecer.
E os meus olhos ardiam a ver o poente,
como quem espera que  Deus salve o não crente.

Videiras, raízes, troncos calados,
sobreiros velhos, zimbros cansados.
Homens duros como a cepa da Touriga,
Inanimados com tanta fadiga.




Mulheres firmes, ousadas, sem igual,
como pedras do lagar tradicional.
Nos lagares, a alma pisa a vida,
e o tempo esquece qualquer ferida.


Torradas feitas em lareiras do passado,
azeite espesso, denso, abençoado.
Ai, figos secos da infância sentida,
deixai o Douro ser sonho e ser vida.

Este Douro, meu sangue, minha alvorada minha terna saudade.
É berço dos homens com verdade,
dos que lavram, suam, cantam em liberdade,
E sepultados serão nas vinhas da eternidade



Victor Marques
Douro Valley
Dourado Doce Douro

Dourado,
como o fim de tarde que adormece os montes,
como o néctar que escorre dos bagos amadurecidos pelo tempo. pelos horizontes.
Assim é o Douro
Doce no coração,
valente na alma,
firme como os braços dos que vieram antes., de outra geração.
Feitos bagos  de uva de uma só nação.

Aqui,
neste vale esculpido a pulso envaidece
cada socalco é uma carta de amor dos antepassados que nos rejuvenesce ,
cada videira com  sussurro antigo a dizer:
Fica. Ama. Cuida para o Douro Bendizer!

O Douro não é só paisagem,
é herança viva,
é o abraço de um avô invisível,
é o beijo de uma avó deixado num cálice de Porto.
E dum barco  rabelo à deriva
Sem cara nem rosto.

Quem aqui ama, ama devagar.
Com mãos sujas de terra cuidar

com olhos que choram quando o céu se pinta de ouro dourado.
Ama com o peito inteiro pela lança lancetado
como se cada gole de vinho fosse um reencontro do presente passado,
com a infância, com a origem, com o eterno amor sempre esquecido.

No Douro, o amor não morre
amadurece.
Como o vinho nos tonéis que sendo ser vivo,
Tudo ama e nossa alma se envaidece  
Douro dourado doce que nunca desaparece.

Victor Marques

— The End —