Entre socalcos e colinas,
água de frescas minas,
bebendo a luz que cai do céu
Douro coberto por branco véu.
Local sagrado com história milenar,
paisagem de encantar,
escuto pela manhã os passarinhos,
nas videiras a beleza dos seus ninhos.
O vento acaricia as uvas douradas,
Com mãos de belas fadas.
Cada bago é um milagre sagrado,
Douro meu amor bem amado.
Sobreiros e giestas abençoados,
rãs cantam cânticos desafinados.
O sol espreita no horizonte,
beijando fresca fonte.
Ao entardecer uma paz que nos rodeia,
é Douro sem mar, sem areia.
A lua vai chegar sorrateira,
durmo com o Douro à Cabeceira.
Victor Marques