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Douro, meu amor, meu pecado


Olho a água que desliza nos ribeiros,
encostado à sombra dos sobreiros.
Vejo muros erguidos com mãos calejadas,
pedra sobre pedra, sem enxadas.

O Douro não é perfeito é eterna dor,
é fruto e colheita de suor,
embalado no silêncio do meu amor.

Tem cepas sofridas, terras duras e xistosas,
enfeitadas de rosas e mimosas.
Homens e mulheres vivem entre o sonho e a fadiga,
mas é nessa luta que vivem a própria vida.

As papoilas ardem nas vinhas douradas,
as oliveiras pacientemente amadas.
As figueiras oferecem frutos em segredo,
rebanhos e cavalos são companhia sem medo. .

Tudo isto é Douro:
encanto, ferida e tesouro.
Um amor que prende e liberta sem querer,
que fere e consola até morrer....

Douro, tu não és apenas um lugar:
és o meu destino santificado para sempre te amar,
o meu labor, o meu amor,
o meu eterno pecado.
Por Deus abençoado.


Victor Marques
Yorlan Mar 22
Pecado fue
no volver a besar tu boca,
seductora y alegre
como el río cristalino.

Abandonar aquellas caricias
en tu piel de seda,
que desconocían de otras manos,
y otros placeres.

Pecado fue
alejarme de tu mirada.
Darte el adiós de la angustia,
cuando debí arrancar
sin cuidado tu ropa.

Y el olvido olvidó olvidarte.
El recuerdo vive intacto.
Los días traen noches eternas,
y la eternidad me trae
insomnios baratos.

— The End —