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Douro terra onde tudo vive


No poente alaranjado
arde o céu sobre as vinhas
e as cigarras parecem minhas,
Neste meu Douro dourado.

Formigas cruzam caminhos de pedra xistosa,
carregando alegria da bela mimosa.
Abelhas embriagam-se no néctar adocicado
das flores que o vento esqueceu.
Borboletas cartas aladas dos deuses
pousam breves nos versos meus.
sobre a pele quente da colheita.

Oliveiras que enfeitam as encostas
guardam segredos de enxadas às costas.
raízes que se entrelaçam
com ossos de meus antepassados
Douro dos serões embriagados.

Cada videira com
Seu  tronco retorcido,
é oração sem palavras,
escavada pela fé de quem aqui tenha nascido.
Homens de valor com paixão  por
mulheres de lenço de eterno pranto
no silêncio da paisagem encontro Douro e meu lamento.


O rio,
essa serpente de prata e memória,
leva nas suas águas
o reflexo do céu e da aurora
É nascente e poente,
vida que vai e regressa
no ciclo eterno de todo o sempre.

E quando o sol mergulha
no ventre da desta santa Terra.
Ela  canta baixinho
uma canção no cume da serra.


O Douro é mais do que lugar.
É pulso.
É respiração da terra.
É a poesia que ainda não foi escrita,
mas que já vive
em cada uva, em cada impulso.
Em cada abraço apertado que dou à minha gente,
em cada olhar que ama
sem saber porquê
apenas porque sente.


Victor Marques
Victor Marques May 2022
Borboleta do céu, da terra, do mar,
Nasceste para haver luar.
Determinada com asas para voar,
Borboleta linda e doce no olhar.

Pareces presdestinada no teu viver,
Me engrandeces e a vida fazes compreender,
Meu espírito se alegra e tudo quer amar,
Borboleta colorida nas profundas mudanças,
És portadora do bem e de poisar nas flores nunca te cansas.

Oh borboletinha amada e querida,
Sem perceber entraste na minha vida.
Possa eu ser sempre ser vivo ressuscitado,
E pelo teu amor ficar imortalizado,
Num horizonte alaranjado eu irei um dia sepultar,
Com borboletas coloridas sempre a voar.

Victor Marques
Borboleta,amor, vida
Victor Marques Apr 2022
Borboletas brancas , azuladas feitas como Deusas para serem sempre amadas,
Nos campos elas saltam de flor batendo suas asas.
Ai borboletas que viveis para logo desaparecer,
ressuscitar e logo morrer.

Borboleta branca, sempre serena no casulo purificada,
Vives por amor, para seres sempre linda e contemplada.
Borboleta azul que pareces uma sereia perdida no mar,
Borboleta amarela com fogo mistificada sem luar,
Borboletas do mundo para tudo enfeitar.

Todas rompeis o casulo com força e muita determinação,
Sois das escolhidas por Deus, por amor e sua criação.
Vossas asas são feitas para muito voar,
Borboletas do amor, das rosas para cheirar.
Ai borboletas que com vossas cores dais felicidade,
E Com vosso exemplo pensar na eternidade.

Victor Marques
borboleta, vida, morte, ressureição
I sometimes can feel
your mental embrace
through all these miles of thought

Even a faint wisp of breath
there upon my face
i've caught

And my lips can almost touch
your kiss even in this separation
of all our time and space

We fight and you demand
I fight back and take a stand

But in the end I surrender
all of me to you

Because I know
I am nothing now
without the hand of you

— The End —