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Poems

persefona  Feb 2015
brat i sestra
persefona Feb 2015
brat i sestra

brat: cao

sestra: cao

brat: gde je tata?

sestra: u sobi.

brat: sta radi?

sestra: ma odkud znam, pusi.

brat pravi sendvice. pet sendvica. mleko i keks. malo cipsa sa strane.

brat ne zna nista. sestra zna po nesto.

brat se obraca psu: pa gde si ti bio ceo dan?jeli malisanu mali, milice jedna, jel si gladan? a sta si radio? hoces napolje? jao pa vidi te sapice, smrdo jedan.

ne izvodi psa.
brat jede. cuti.

brat ide na spavanje, vec je jako kasno. opranih zuba.

sestra vec spava. brat otvara vrata sestrine sobe naglo, namerno ili mozda slucajno ali ne i prvi put. gleda u mrak i osluskuje sestrino mumlanje i cangrizanje. cuti. zatvara vrata i odlazi u svoj mrak, prekoputa.

jutro je.
brat: cao

sestra: cao

brat: gde je tata?
Sentado e descalço, sobe um banco de madeira preta,
Pintei o quarto de verde vivo, igual ao vaso do quintal,
Contrastando com a cor amarela da flor que parara de crescer!
Queria ver aquela flor mais verde que o vaso que acabara de pintar.
Apressado como de costume e porque admito é feitio meu,
Pegava desajeitado e pouco reflectido com vontade de florir,
O amarelo perdido daquela planta que me havia já esquecido,
Não era tinta vazia, que ela queria, mas carinho de minhas mãos,
Peguei nela caída, encostei-a a mim e disse-lhe que gostava dela,
Suspirou-me ao ouvido e perguntou-me porque não a levava comigo,
Encostei-a a mim trouce-a cuidadosamente ao colo para dentro de casa,
Dei-lhe um copo de água e aconcheguei-lhe a terra do caule,
O adubo que ela recebia de mim, em carinhos fizeram-na adormecer!
Sentei-me no banco quase seco de tinta verde e pintei as calças,
Adormecendo como que um pai olhando seu filho dormir!
Sonhei pela noite fora e quando acordei, aquela flor amarela,
Que eu havia trazido comigo, sorriu-me nos olhos estremunhados,
Acordei feliz e cheio de alegria porque em seu olhar a flor vivia.
Por vezes a vida descabida de pressa por coisas vazias,
É tão bonita quando na calma do tempo um carinho te dá alento.
E eu voltei a pintar todo dia e em cada dia que passava a flor crescia,
O amarelo que lhe percorria o ser mudava de cor para a cor de esperança.
A cada dia, eu dormia mais feliz, porque sentia seu cheiro chegar a mim.
Essa flor um dia pegou-me nos olhos e pediu-me de novo carinho,
E eu olhei-a, da maneira que sempre quis cheirá-la e encostei-a a mim,
Enquanto dormia!

Autor: António Benigno
Dedico à minha vida que nem para nem anda!
O desenho inscrito sobe a forma de sinais,
Que percorrem o mapa secreto desse corpo,
Onde no olhar se vêm certezas divinais,
Mais secreto é saber que alimentas o meu horto!

O dilema repleto de infindáveis caminhos,
Onde a escuridão que existira se esfumou,
Nossos dizeres tornam-se atos e miminhos,
Essas dúvidas são claras e o tempo levou!

Como tu eu sinto que o melhor é mesmo acreditar,
Soltar-me no vento e explorar o sentimento quente,
Que chegou recheado de sonhos e contornos de cativar,
É porém o desenho do teu rosto que guardo tão presente!

Presente tão bom, presente que Deus me enviou no caminho,
Posso mesmo confiar que tenho vontade de ir pela avenida,
Nem tão pouco, nem tão perto a luz do fundo eu imagino,
Mas o alimento que trouxeste e que a ti vai deixando com vida!

Segue nas minhas veias na esperança de te poder hoje e sempre olhar,
Apertar-te nos braços e encontrar o meu, em tempos já distante Norte,
E hoje aperto em minha mão a bússola que me trouxeste em passaporte,
Para o vão da felicidade, de que hoje quero acreditar, e comigo, a ti levar!

Autor: António Benigno
Para ti Lili…