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Aug 23
Ajaezado de delírios e feitiços,
Ecoa um canto na noite impura,
Preso aos grilhões da fria sepultura,
Sob o olhar febril de um diabo catiço.

Desviemos o olhar de nossa origem,
Eternos na maldição do infinito,
Bebendo o êxtase da última vertigem,
Erguemos a sombra em profano rito.

E quando o abismo abrir sua boca,
Seremos pó na brasa que consome,
Um coro de trevas em língua louca,
Chamando os deuses que já não têm nome.

Enterrar a quimera do supremo sonho
Segregar toda a verdade
Conhecer a íntima realidade
E peder-se em outro sonho!
Othon
Written by
Othon  M/Southern Brazil
(M/Southern Brazil)   
30
 
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