No primeiro sopro da manhã viva, o Douro respira névoa e promessa, borboletas sem nunca ter pressa, pássaros cantam a esperança perdida.
O sol, nascente, felicita o sobreiro, Aquece as vinha sempre primeiro. Muros de xisto e granito guardam segredos nunca contados , Amém ao Douro, a nossos antepassados.
Rolhas esperam histórias em garrafas adormecidas, as uvas amadurecem entre murmúrios e paisagens queridas. O rio que corre lento, como o tempo, Com o respeito a Deus e ao meu pensamento.
E ao cair da tarde, quando o céu se inflama, um horizonte alaranjado beija o vale duriense e diz que me ama. O Douro, inteiro, torna-se carícia e verdade , feito de luz, suor e eternidade.
Aqui cada pôr do sol é uma bênção e a minha inspiração! Cada amanhecer, um recomeço, uma nova comunhão. Na alma duriense existe amor e serenidade, Feito de vinho e saudade.